A reunião do Grupo Simples Assim deste mês foi na minha casa, e para organizá-la
pensei em unir o pão símbolo da vida e do amor com a arte que nós tanto
gostamos que é o scrapbook.
Se joga... Amizade + Scrap = Alegria |
Um dia uma vizinha nos apresentou o Oráculo
do Pão, li, pratiquei e passei a admirar a Magui que apresenta a
forma de fazer o pão intencionando a massa. Na sua orientação ela diz: coloque
uma música suave e acenda um incenso, ilumine o local com uma vela perfumada,
inspire e expire com consciência, coloque-se de prontidão para receber com
abundancia o que irá intencionar, agradeça este momento único da sua vida,
permita que o sagrado entre, suave e sutilmente, retire então uma das 33 cartas
do Oráculo do Pão e prepare a massa.
E foi o que fiz e tirei para intencionar a
carta CELEBRAÇÃO que diz: Aplaudir o raiar de um dia. Cantar a chuva que cai.
Bailar com o bailar do vento. Saborear o pão. Beber momento por momento.
Acolher o coração. Abençoar o caminhar. Brilhar. Brindar o fazer e o não fazer.
Bendizer o dito e o não dito. Enxergar a eternidade em cada instante. E o
sagrado na ALEGRIA DE VIVER.
Acho
que o nosso encontro foi um momento especial e aproveitamos para cada uma
intencionar sua vida e cada carta retirada foi partilhada e ouvimos muitas
mensagens, palavras que precisávamos naquele momento para levarmos para as
nossas vidas no nosso dia a dia e no nosso ofício.
Partilha do Oráculo |
Lembrei-me da lição do
fogo: Um membro de um
determinado grupo, ao qual prestava serviços regularmente, sem nenhum aviso
deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o líder daquele
grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em
casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e
acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas vindas ao líder,
conduzindo-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. O
líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. No
silêncio serio que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das
rachas de lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as
brasas que se formaram. Cuidadosamente selecionou uma delas, a mais
incandescente de todas, empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se,
permanecendo silencioso e imóvel. O
anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da
brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo
apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e luz,
agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma
espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o
protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se
preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de
volta de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a
incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.
Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: -Obrigado por
sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo. Deus
te abençoe!
Que venha o nosso
próximo encontro...
Jussara Bôtto