Em tempos de relações globais
cada vez mais as pessoas se voltam para a personalização, em busca de encontrar
em cada coisa um pouco de si. No scrapbooking esta busca é ainda mais evidente.
Mas não pense que vamos falar de produtos personalizados! Quero propor uma
discussão sobre a nossa identidade no processo criativo! Carimbos, fitas,
distress, tintas, máscaras, fitas, interatividade, strass, molduras... quais os
tipos de técnicas e embelezamentos mais aparecem em seus trabalhos? Saiba que a repetição destes e/ou outros
detalhes em seus projetos ao longo do tempo podem acabar por definir sua
identidade. Já faz 1 ano e 3 meses que me desenvolvo o scrap e busco por este
processo que nada mais é resultado de tempo, pesquisa e maturidade.
Tudo começou com uma aula com a Tágide e
pronto! Me encantei com as mágicas e transformadoras técnicas, cada movimento
uma surpresa, cada detalhe um encanto. Resolvi então que faria deste mundo
recheado de registros e interatividade minha profissão!
Começava aí uma trajetória desafiadora e
árdua. Era preciso criar! Processo de transpiração e inspiração! E aos poucos
iam surgindo projetos e fui percebendo nos detalhes
a marca da minha personalidade, meu gosto, minha criação. E estes traços
se repetiam em técnicas e formas sempre com um mesmo tom, um mesmo pano de
fundo que hoje chamo de: IDENTIDADE!
No meu caso as fitas, tags e journeys
estão presentes em todos os meus projetos, assim como a interatividade. Quanto
ao meu estilo, confesso que ainda não tenho isso ainda definido, mas o
Freestyle talvez seja o mais perceptível.
Aproveito o momento para perguntar a
vocês: Uma obra de arte
contém a identidade do artista que a fez? Ou é a representação visual de uma
idéia presa apenas em uma técnica?
Pergunto ainda: Você percebe traços seus, que te
identificam como artista, ao fazer sua arte, seu scrap? Ou o que você tem feito
até hoje é copiar projetos sem pensar em desenvolver, criar e ousar em um
estilo que amadureça ao ponto de servir de referência em técnicas e formas?
É muito fácil e cômodo sermos imitadores
de quem cria. Portanto desenvolver o processo criativo vai muito além de pensar
formas e cores de um layout. O processo criativo e a arte final são frutos do
meio em que estamos inseridos e da nossa busca cultural, nossas leituras,
músicas, lugares que conhecemos e tantas outras características ao nosso
entorno, resultado do que nos alimentamos emocional e racionalmente.
Certamente a maior parte dos artistas de renome se
destacaram um dia e estão a frente de tantos outros porque se fartam de
conhecimento e conseguiram traduzi-los de maneira singular! Daí a identidade
ganha destaque por suas diferenças e marcas únicas!
O que também reflete no
âmbito comercial, já que quando disponibilizamos produtos diferentes, propostas
diferentes, sempre haverá espaço para cada um no mercado, porque cada trabalho
vai de encontro a um público alvo.
A
identidade no contexto artístico é uma assinatura de longe percebida pelos que
a admiram, portanto seja constantemente um observador crítico do seu próprio
trabalho. A idéia é extrair o que há de subjetivo e individual em você mesmo na
medida em que cria e visualiza seu projeto.
Pense nisso! Você certamente seguirá
um estilo que vai fazer parte da sua
identidade.
Proponho um desafio: busque mesmo por sua identidade! Não há nada melhor que
sermos reconhecidos por nossas marcas criadas ao longo do tempo, um exercício
diário e interminável.
Bjs, Silvia Lima.
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