quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Lembrando a raiz nordestina


Buscando sempre a minha origem nordestina propus às colegas do Grupo Simples Assim, no nosso 8º encontro realizado em minha casa, que elas fizessem um scrap utilizando a bruxinha de pano com que eu as presenteei.

As bruxinhas vieram de João Pessoa-PB, enviadas por minha querida irmã/prima/parceira/amiga Piedade Bôtto Felix, para que eu pudesse fazer esta proposta.

As bruxinhas são pequenas bonecas feitas com sobras dos tecidos, que no inicio eram confeccionadas pelas mulheres com as sobras dos vestidos que faziam para as suas filhas. A simbologia é que elas são mensageiras de recados do bem.

E para explicar melhor achei na internet um texto do Apparicio Silva Rillo que adaptei:

“Para fazer uma bruxinha de pano são necessárias, mas não fundamentais, as coisas que chamamos materiais: retalhos, sobras de lã, um par de agulhas, linhas e uma tesoura. Ninguém faz uma bruxinha de pano que se preze sem que existam ingredientes essências. É preciso coração, um século de avós, de mães e de sentimentos de maternidade. É preciso que as mãos que fazem uma bruxinha de pano sejam mansas para a ternura e para a reza, que  resguarde o íntimo calor das reuniões de família ao redor da grande mesa de jantar. Ela precisa de alma, e alma é tudo é memória. Tudo isto regado de muita dedicação, amor e carinho para que a bruxinha de pano seja mensageira do valor da amizade, da permutação das vivências, do essencial como invisível aos olhos na representação da razão, e da continuidade da vida na atemporalidade do sentimento.”

Elas aceitaram o desafio e na foto o que produzimos.  


Até o próximo encontro e desafio.
Jussara Bôtto

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